Quantas vezes pensamos que gostaríamos de ter mais tempo com a família? Mais tempo com os nossos filhos, mais tempo para passear o cão ou visitar os nossos amigos ou familiares mais distantes? A agitação do dia é de tal grandeza que parece que acordamos e de repente nos estamos a deitar novamente. A manhã é complicada e exigente e quando damos por isso, o dia já vai a meio e ainda temos uma pilha de papéis na secretária para rever e dar despacho. Olhamos para a foto que temos em cima da mesa e pensamos; vou só fazer isto e talvez seja um bom dia para irmos jantar fora os quatro e compensar-vos por esta minha ausência mesmo quando estamos juntos. Consegue rever-se nestes pensamentos? Bom não é o único. Andamos muito atarefados e estamos sempre a pensar “se tivesse mais tempo”, queixamo-nos e acreditamos que se o dia fosse mais do que 24 horas poderíamos responder a mais emails ou produzir mais. Errado. O problema está na gestão do tempo. Achamos que somos muito bons na rotina, mas somos pessimamente maus a definir prioridades. Claro que há exceções (e ainda bem!) mas não é fácil fazer e dominar esse lado. Ora, entendemos por gestão do tempo “a arte de organizar a vida de forma controlá-la e evitar perdas de tempo” (Vinha e Simões, 2007). Para sermos mais eficazes nesta gestão do tempo e consequentemente, possamos aumentar a qualidade na rotina familiar, é fundamental começar por definir o que é importante e o que é urgente e dentro destes dois critérios, o que é mais ou menos importante e por outro lado, o que é mais urgente e menos urgente. Esta primeira parte é a mais delicada e difícil de definir quando se tem menos prática. Sem esta base, facilmente corremos o risco de perder o controlo sobre o nosso dia. Depois há que respeitar as nossas definições e orientações, se não nos respeitarmos a nós mesmos nesta questão do que é importante e do que é urgente, estamos a indicar às outras pessoas que elas também nos podem manipular ao ponto de alterar as nossas próprias prioridades e podem alterar os nossos “planos” iniciais. Resultado: caos, ansiedade, frustração, desesperança, baixa autoestima e desmotivação. Existem ainda outras questões que devemos ter em conta nomeadamente, não perder o nosso tempo e o dos outros com coisas que não nos interessam ou que nos fazem gastar energia desnecessária. Quanto mais tempo perder a pensar nesses elementos, mais energia vai gastar desnecessariamente e mais fadiga vai sentir. Essa energia é fundamental para ser utilizada como recurso numa outra situação que seja, essa sim, importante e urgente, contudo, se definirmos mal as nossas prioridades estamos também a gastar os nossos recursos em vão. Não se esqueça, "Mais tempo livre não significa necessariamente mais felicidade pois tudo depende do que se faz com esse tempo". (Vinha e Simões, 2007) Filomena Conceição - Psicóloga e Formadora Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém.
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