Temos por hábito nos apegar, ás coisas, ás pessoas e aos pensamentos e crenças que vamos colecionando ao longo da vida. Os anos passam, os corpos mudam, as modas mudam, mas mantemos as mesmas peças penduradas no roupeiro mesmo que já não nos sirvam. Mantemos as mesmas fotografias nas molduras, os mesmos livros nas mesmas estantes. Gostamos de ter a sensação de que muito ou quase nada muda na nossa vida. Apegamo-nos à dor como nos apegamos à alegria. Deveríamos ser mais como o Bambu, vazio por dentro. Esse vazio que lhe permite ser leve ao mesmo tempo que é solido. Esse vazio que lhe permite ser flexível e ao mesmo tempo resistente. Devíamos deixar o vazio entrar dentro de nós. Desapegarmo-nos de pensamentos, emoções, expetativas, e ficar apenas no vazio. É no vazio do desapego que chega a força da criatividade, da solução, da boa nova, da esperança em forma de fé. Só quando nos desapegamos de algo que já não nos serve, criamos espaço para algo que possa vir finalmente preencher o espaço pretendido. Sejamos mais vazio. Sejamos mais desapego e como dizia Fernando Pessoa “Afinal, se coisas se vão é para que coisas melhores possam vir. Esqueça o passado, desapego é o segredo”. Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém.
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Outubro 2024
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