AKADEMIA DO SER

Se percecionarmos as emoções como uma reação natural a uma situação ou acontecimento, poderemos começar a tomar consciência da emoção ou sentimento que nos invade. Desta forma estaremos muito mais presentes em nós próprios podendo assim controlar, entre aspas a mesma dita emoção. Talvez por não termos sido educados emocionalmente no sentido de percebermos as nossas emoções e aprendermos a lidar com elas, na maioria das vezes escondemos ou tentamos ignorar o que sentimos, sejam em momentos felizes ou mesmo em momento tristes, parece que congelamos e os acontecimentos passam por nós sem que tenhamos qualquer reação. Claro que tudo o que é guardado durante muito tempo um dia acaba por vir ao de cima, e muitas vezes reações exageradas podem ser o acumular de muitas situações onde o mau estar não foi partilhado.

Emoções como o medo, a tristeza, a mágoa, a raiva, o desespero e o desgosto são normalmente as emoções que as pessoas tendem a recear e a não querer sentir, mas as emoções são de natureza cíclica e tal como o tempo, elas mudam, por isso se lidarmos com as emoções de uma forma saudável, mesmo as consideradas piores, também irão passar.

A tomada de consciência e o foco em nós próprios é a melhor forma de aprendermos a lidar com as nossas emoções. Libertarmo-nos do receio de sentir, abraçando a nossa natureza humana, acreditando que tudo passa e que a cada emoção e tomada de consciência dessa emoção, tornamo-nos mais fortes.

Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação

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Nem todos os dias acordamos e conseguimos olhar ao espelho e sermos a pessoa que mais nos ama. As variações de humor ou de sentires fazem parte de sermos humanos, aliás no dia em que as nossas emoções se transformarem numa linha reta é sinal que a vida, pouco ou nada habita em nós.

As emoções condicionam o nosso sentir, em relação ao exterior mas principalmente em relação a nós, o que sentimos hoje, certamente não será o que sentimos amanhã, porque não somos estanques, porque vivemos uma mudança constante e permanente mesmo que não tenhamos perceção ou que tenhamos resistência a ela.

Contudo na premissa de gostarmos de nós e de nos amarmos, certamente estaremos mais próximos de que os outros sintam o mesmo por nós, criando uma dinâmica reciproca de troca de afetos e de sentires mais positivos.

E talvez no conjunto de caraterísticas que nos identificam, algumas não sejam as mais positivas, ou pelo menos não nos trazem ou nos dirigem para o caminho que pretendemos, mas podemos sempre mudar. Criar novos pensamentos, mais positivos, menos derrotistas e assim criar emoções também elas mais positivas.

Criar uma imagem refletida no espelho mais feliz, é possível se essa imagem for criada interiormente, essa criação começa no dia que reconhecemos quem somos e nos permitimos mudar o que gostamos menos em nós. Gostar menos de algo e transforma-lo é sem dúvida um sinal de amor.

Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação

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Se pensarmos que ao longo da nossa vida fomos construindo um percurso de vontades e de desejos, talvez seja importante perceber que pode ser normal que em várias etapas depois de atingirmos esses sonhos sejamos assolados por momentos de vazio, onde não conseguimos ver o que virá a seguir. Talvez nesses períodos a aceitação de que estamos em fase de planeamento e programação para o que depois iremos construir, nos permita ter a serenidade e paz de espírito para aceitarmos que o lugar aonde nos encontramos é só o início da partida para a próxima meta.

As ações que desempenharmos a partir desse momento certamente nos levaram de encontro aos objetivos que pretendemos alcançar, aliás as ações são tudo aquilo que verdadeiramente nos pertence.

A transição para novos caminhos é natural num percurso de vida, e no momento que tomamos consciência de que o caminho onde nos encontramos está a chegar ao fim, o pensamento na criação de um novo percurso só por si, já nos leva para essa nova realidade. Nem sempre o tempo parece estar a nosso favor e por vezes temos a sensação de que nunca mais estamos no novo caminho, mas o tempo da nossa vontade nem sempre é o tempo para o qual estamos preparados para viver essa nova realidade.

Como na Natureza tudo tem um tempo certo, também nós temos o nosso tempo certo interior de preparação para as mudanças que pretendemos que surjam na nossa vida. A contemplação faz parte do amadurecimento…o fruto antes de estar pronto a ser colhido precisa de amadurecer. Não tenha pressa de colher…assim poderá saborear o doce.

Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação

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Por vezes aprendemos que para sermos amados é preciso agradar ao outro, ou fazer o que outro quer. Assim ao colocarmos as nossas necessidades ou vontades em segundo plano passa a ser algo assumido como uma forma de demonstrar que se ama, que se gosta ou que o outro é importante nas nossas vidas.

A estratégia que pode ter resultado em alguma fase das nossas vidas deixa de nos servir à medida que crescemos e percebemos que esta forma de demonstrar amor já não nos satisfaz e que o mau estar sentido deixa de compensar.

Desta forma, muitas vezes dizer não ao outro é também sinal de amor, porque ao nos respeitarmos estamos a amar-nos e só assim poderemos amar o outro.

Não é preciso ter medo de ser rude, ou bruto por dizer um não. São essas crenças que nos impedem de dizermos aquilo que realmente sentimos e queremos. A maturidade trás a aprendizagem da diferença entre o certo e o errado, por isso não precisamos mais de seguir a opinião do outro e sim aquela que é a nossa.

Com a libertação do que outro pensa em relação a nós mesmos, podemos experimentar viver de acordo com o que realmente queremos, e se errarmos, aprendermos com os erros, através da humildade.

Aprender a dizer não, ajuda-nos a ultrapassar o medo da rejeição e de realmente assumirmos o controlo das nossas vidas e das nossas vontades.

Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação

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