![]() Falamos de prazer e logo surge um pensamento castrador de que o prazer é algo de punitivo. Crescemos a acreditar que tudo o que dá prazer traz de alguma forma uma consequência negativa, ou preço a ser pago. Será o prazer algo assim tão nefasto? Ou é o desejo de o sentir que nos leva a consciência para a punição, como diz a frase "Conhece a paz quem esqueceu o desejo de sentir prazer.", do Bhagavad Gita. Conheço alguém que costuma dizer que “com prazer é mais caro”, mais uma vez surge associado ao prazer o pagamento de um preço mais elevado. Mas afinal existe? ou qual o preço do prazer? Acredito que é a nossa crença em relação ao prazer que nos leva a vive-lo de uma forma punitiva, como se não fossemos merecedores de algo que é bom simplesmente porque sim. Acredito que o desejo nos condiciona a vivencia do prazer em situações que são conquistadas e merecidas. Acredito que uma sociedade que condena o prazer, mas ao mesmo tempo o incentiva através de estímulos visuais e auditivos, contribui para a construção de uma mesma sociedade dissonante e confusa no sentido daquilo que é merecimento e punição por esse mesmo merecimento. Prefiro olhar para o prazer como a frase de Guilherme Massien “O desejo é uma árvore com folhas; a esperança, uma árvore com flores; o prazer uma árvore com frutos”. Que o prazer seja a cereja em cima do topo do bolo. Que só por si a sua existência seja fugaz, mas que na totalidade se torne um complemento que acrescenta e faça a diferença, mas que não exista desejo de o viver, apenas o prazer de o desfrutar. Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém.
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![]() Existem dias assim, onde gritamos internamente para que o carro da frente ande mais depressa, para que os semáforos fiquem verdes, para que a fila do supermercado seja curta. Existem dias onde à mais pequena contrariedade nos salta a tampa e até o barulho dos saltos da vizinha nos fazem apregoar pelo mal que parece que fizemos e o mundo está todo contra nós. Infelizmente ou felizmente não se vende paciência em saquinhos para os dias de menor paciência e talvez seja nesses dias que temos que recorrer ao nosso lado mais sábio e amoroso, para lidarmos com as vicissitudes e incómodos do dia a dia. Acredito que hoje temos menos paciência do que tinham os nossos avós e bisavós, a vida era vivida num ritmo bem mais lento e o tempo visto como companheiro. Hoje o tempo é nosso inimigo porque escasseia e nos enreda numa teia que nos prende, sufoca e parece que nunca tem fim. Mas a falta de paciência não vem só com a falta de tempo, vem com o mar de solicitações que todos os dias nos assola e vem principalmente com a nossa falta de capacidade de aceitar o momento presente como ele se apresenta. Talvez a desconexão com a nossa verdadeira natureza por todas as solicitações exteriores seja o motivo da nossa falta de paciência e o segredo para a alcançarmos esteja em regressarmos ao nosso ritmo interno, tal como disse Ralph Emerson, “Adopte o ritmo da natureza. O segredo dela é a paciência”. Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém. |
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