O ser humano tem tendência a criar rotinas, hábitos e dependências, sejam boas ou más, a sensação de controlo e de segurança faz nos muitas vezes estar agarrados a situações, coisas e pessoas que já não nos servem. É como manter uma peça de roupa no roupeiro à espera da ocasião certa para se vestir ou a podermos usar novamente quando perdermos uns quantos quilos. Perdemos muitas vezes a oportunidade de novas coisas simplesmente porque temos um ângulo cego agarrado ao antigo, ao conhecido, ao confortável. Assim muitas vezes é preciso vir o destino para que algo mude, visto não termos feito nós esse movimento. O destino chegou para os cidadãos do mundo quando se instalou a pandemia que veio mudar toda a nossa forma de viver. E por mais que nos agarremos a que tudo vai ficar bem ou que vamos voltar à antiga norma, penso ser tempo de percebermos que mais do que uma pandemia temos a oportunidade de começar de novo. Podemos fazer reset nos nossos hard drives e aproveitar a boleia destes tempos de mudança. Aproveitar a oportunidade para fazer diferente e começar de novo. O velho é isso mesmo… velho, cheio de sabedoria e conhecimento para que com ele possa criar o novo… um novo mais forte, mais preparado, mais sábio e consciente pela aprendizagem que o velho lhe deu. Abracemos então o novo, não porque é um novo ano, um novo mês ou um novo dia. Abracemos um novo começo porque podemos, porque ainda aqui estamos para agradecer essa oportunidade e usufruir dela. Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém.
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Será que iremos ter a terceira? Em março de 2020 fomos todos surpreendidos por uma mudança nas nossas vidas. Uma mudança com a qual continuamos diariamente a lidar. Se estávamos preparados para ela, certamente que não. Se estamos preparados para continuar a viver desta nova forma, talvez. A verdade é que a mudança pode virar hábitos e maus hábitos podem também ser difíceis de largar. Por isso estejamos preparados ou não, gostemos ou não, talvez esta nova realidade tenha vindo para ficar por mais algum tempo. Viver este segundo confinamento, tem trazido outros novos desafios que não surgiram no primeiro. O desgaste do primeiro faz a carga sentida neste ser de forma mais pesada. O sabermos ao que vamos por um lado é mais tranquilizador, mas por outro lado, já não vamos iludidos como na primeira vez. Estamos mais conscientes da realidade que nos espera. Os números nunca foram tão maus, o tempo nunca pareceu tão longo. Levamos já dois confinamentos em cima e disso não podemos fugir. Onde nos podemos agarrar? À esperança! Que as coisas fiquem melhor, que o resultado das nossas ações reflita um lado mais positivo. Que a vacina realmente seja um balão de oxigénio e que o tempo, que tudo cura, possa ajudar a que consigamos sair mais fortes e vitoriosos em todo este processo. O que vai ficar… uma outra forma de ver o mundo, uma outra forma de nos vermos a nós, o papel e impacto que cada um pode ter no mundo do outro. Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém. Em tempo de pandemia e em novo confinamento a palavra Solidariedade ganha força. A definição da palavra Solidariedade refere “a responsabilidade reciproca entre elementos de um grupo social, profissional, institucional ou de uma comunidade.” Acredito que a força individual é exponencial quando pertencente a um grupo ou comunidade. Uma sociedade mais robotizada faz nos perder a ligação com o outro e a chegada da pandemia veio trazer ao de cima a facilidade com que a tecnologia consegue apoiar em termos de isolamento, mas como também não consegue suplantar todas as nossas necessidades emocionais do individuo. Somo chamados como comunidade a nos protegermos, a proteger o outro e assim através das nossas ações podermos contribuir para a resolução de uma crise que se instalou. Mas para isso é preciso calar os nossos pequenos egos que não gostam de ser contrariados, negados e elevados à sua significância de um grau de areia num deserto infindável. Por isso ou lutamos pelo coletivo, ou morremos no isolamento social, económico e emocional que se irá instalar quando tudo isto passar. Ser Solidário hoje implica a adesão e o total apoio à causa maior que é cuidarmos de nós e dos outros criando um movimento que nos levará a todos a ultrapassarmos o caos que se instalou. Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém. Desde o início desta nova realidade que todos temos sido desafiados nos seus dias a lidar com a imprevisibilidade, a mudança, a incerteza. Chegado o fim do ano de 2020 e com a entrada de 2021, temos a esperança que as coisas possam melhorar e que principalmente possamos voltar a uma vida, um pouco mais dentro da antiga norma, onde principalmente os afetos se possam viver em liberdade e com menos condicionantes. Só quando algo nos é restringido é que lhe sentimos a falta… há uns anos atrás pediram-me para não comer queijo durante uma semana e só me apetecia comer queijo. Quanto mais sentimos as restrições, mais temos a ânsia de as quebrar. Não sei o que o ano de 2021 nos reserva, mas acredito que os desafios desta nova normalidade não vão terminar com a chegada de uma vacina, ou com a imunidade de grupo, quando esta for alcançada. Acredito que 2021, continuará a trazer muitos desafios, seja pela pandemia ou pela evolução de cada um de nós. A vida em si, é um constante desafio. Temos tempos de calmaria, temos tempos de tempestade. Esta que nos assolou em 2020, veio quebrar a sensação de controlo sob as nossas vidas que um bichinho que nem se vê faz questão de todos os dias nos mostrar que afinal, nada na vida é garantido e que a nossa maior coragem é termos a flexibilidade para lidar com as mudanças que os desafios da vida nos vão trazendo. Coisas boas surgiram com a pandemia e muitas más também… não nos devemos agarrar nem a umas, nem a outras, mas sim à coragem de continuar a querer viver. Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém. Acredito que liberdade e independência andam de mãos dadas. Independência parece o irmão mais velho que nos dá concelhos e a liberdade o jovem adolescente que quer apenas viver e sentir a vida. A idade traz sabedoria talvez com ela o peso da responsabilidade das escolhas que fazemos e também o peso das palavras. Se assim for independência parece coisa de crescidos, de homens de fato e liberdade de jovens de calções e chinelo no pé. Quando somos pequenos ansiamos por ser mais velhos e ganhar a independência que acreditamos que nos vai trazer liberdade para podermos fazer ou ser o que pretendemos. A independência é um caminho que se constrói ao longo do tempo, apesar de provavelmente nunca sermos totalmente independentes, pois precisamos sempre dos outros para podermos viver e ser felizes. Como disse Manoel de Barros “A minha independência tem algemas” provavelmente nunca seremos totalmente independentes e a sabedoria reside na aceitação desse facto, de que precisamos dos outros, da sociedade, do mundo para que a vida possa ser vivida. Talvez mais do que nos perdermos em debates filosóficos sobre o que é a independência, deveríamos antes assumir a nossa humildade perante a dimensão do mundo e reconhecermos o grão de areia que somos. Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém. Sempre que leio a palavra Renovar, lembro-me de um slogan de uma marca conhecida de artigos para casa e afins, que dizia, “Estou a renovar o meu interior”. Nada como colocar um postit no espelho da casa de banho para não nos esquecermos da importância desta renovação. Chega o outono, o corpo, a mente e a alma pede-nos o sossego de uma tarde mais fria, aquecidos por uma manta e uma chávena de chá. Como a natureza que começa a perder as folhas para que na primavera nasçam novas. É tempo de nos recolhermos e largarmos velhas roupagens que já não nos servem ou não nos pertencem. Como as árvores sem folhas, certamente se sentem mais vulneráveis, também nós nos sentimos, quando perdemos a nossa velha roupagem… ficamos nus. Por algum tempo sentimos o desconforto, mas com o espaço que se criou, temos a oportunidade de conquistar novos recursos essenciais para o que desejamos Ser. Nesta dança, temos assim a oportunidade de nos renovarmos a cada estação. Assim, que tenhamos a humildade de acolher a necessidade desta renovação interior e exterior, porque existe algo maior do que nós, que a natureza não questiona, logo, porque haveríamos nós de insistir em contradizer? Sejam sábios, não resistam ao fluir da vida…à constante Renovação que ela nos pede. Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém. Mudança, ou a abraçamos, ou seremos abalroados por ela. É esse o papel da mudança na nossa vida… Somos um animal de hábitos por isso gostamos e necessitamos de um elevado grau de segurança e controlo…uns mais do que outros, mas quem não gosta de estar confortável? Contudo, a vida é dinâmica e sendo assim nada perdura igual no tempo por mais que muitas vezes não nos apeteça ter que lidar com essa realidade…e tudo muda num instante o que era deixa de ser num piscar de olhos…para o bom e para o menos bom. Acredito que a mudança vai surgindo, não surge como uma tempestade de verão que nos atropela de repente… mas nem sempre a vista alcança o que de verdade se está a movimentar à nossa volta e como cego é aquele que não quer ver… na maioria das vezes somos mesmo apanhados de surpresa. A pergunta que emerge é queres ser forte ou sentir-te seguro? A mudança vai sempre surgir na nossa vida… quanto mais recursos tivermos dentro de nós, mais facilmente iremos lidar com ela. Ninguém disse que ia ser fácil… mas é sempre melhor caminhar de mãos dadas, que aos tropeções. E mesmo que sejamos apanhados de surpresa porque nos distraímos no caminho, podemos sempre abraçar a oportunidade que a vida nos está a trazer, em vez de ficarmos a remoer. Também o mar tem tempos de tempestade e tempos de calmaria… lembra-te quando vires gaivotas em terra… é porque ela se aproxima. Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém. Paixão não vais fugir de mim… diz a canção. Mas de onde nasce, como surge e o que precisamos de fazer para a alimentar? Quando ouvimos a palavra paixão associamos ao amor romântico, às relações intimas, mas Paixão é muito mais do que fogo que arde sem se ver. Pode ser um desejo forte por qualquer coisa, um ideal, uma causa ou mesmo uma atividade. Como um íman somos atraídos por esse objeto e quando estamos em contacto com essa energia somos tomados uma força de acreditar onde a visão do mundo se transforma e tudo se torna possível. Curioso que a Paixão encontra também o seu significado associado a martírio, e algo tão atrativo e envolvente pode verdadeiramente tornar-se um pesadelo quando acordamos e nos deparamos com a realidade. A Paixão pode ser cega, levando à alteração de aspetos do comportamento e pensamento da pessoa. A alienação da realidade através deste sentimento, pode ser prejudicial levando a pessoa a perder contacto com a realidade ou mesmo a criar um cenário pouco realista que mais tarde a poderá prejudicar. O equilíbrio está sempre no meio… sinta Paixão, mas mantenha os pés no chão. Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém. "Ler um texto é ler-se a si mesmo." (Marc-Alain Ouaknin) Alguma vez sentiu que um livro o acolheu num momento de dor e dificuldade? Que o ajudou a identificar as emoções que estava a sentir? Que lhe deu a oportunidade de ver outras perspetivas de uma mesma situação que nem sequer imaginava que existiam? Alguma vez sentiu que um livro trouxe transformação à sua vida? Pois bem. Os livros são a herança indelével da Humanidade. Venerados por uns, incompreendidos por outros. Há quem não viva sem eles. Há quem, desconhecendo o seu valor, os ignore. Inegavelmente eles fascinam quem ousa mergulhar nas suas páginas, provocando uma multiplicidade de emoções, por vezes inesperadas, de intensidades variáveis. Obras de todos os géneros literários, ficcionais ou não ficcionais, podem enriquecer-nos, desconcertar-nos e (re)conduzir-nos na descoberta de nós próprios, se nos dispusermos a isso. Dos clássicos aos contemporâneos, muitas vezes a dificuldade é a escolha do livro certo. Nunca voltamos iguais depois de sermos apresentados a um determinado livro no momento certo. Quantas vezes sentiu que não estava ler um livro mas que o livro o estava a ler a si, a perscrutá-lo? Surge então a questão: será que os livros podem ter um potencial terapêutico? A biblioterapia consiste na utilização dos livros ou outros materiais de leitura como recurso terapêutico permitindo o desenvolvimento pessoal integral, podendo ser vários os seus contextos de aplicação. Nenhum livro substitui um qualquer tratamento médico-terapêutico mas pode ser um material auxiliar num contexto de intervenção, terapêutico ou não. Todas as circunstâncias de vida, sejam elas quais forem, podem beneficiar com a leitura guiada e orientada de um livro. Há-os para todos os desafios que o ser humano tem de enfrentar. O fim de uma relação, a morte de um ente querido, uma conturbada relação pai-filho, um problema aditivo, demência, solidão, situações traumáticas, depressão, perda de emprego, doença mental, doença oncológica ou uma tomada de decisão são alguns desses exemplos. No contexto terapêutico, propor um determinado livro perante a realidade individual pode possibilitar novos olhares, favorecer a reflexão e promover a mudança. Enquanto auxiliar terapêutico oferece à pessoa o caminho da sua liberdade no encontro consigo própria, fazendo da sua biografia uma história com sentido. Partindo da escuta atenta da vivência individual do paciente, cabe ao terapeuta a tarefa de selecionar o(s) livro(s), ou trecho(s) dele(s), que a seu ver vão ressoar dentro da pessoa, que vão despertá-la para um renovado conhecimento de si mesma. Não é uma leitura qualquer, o que se procura é que aquela leitura possa despertar sentimentos, pensamentos e uma nova reflexão perante o que está a ser vivido, o problema que se pretende resolver, as angústias que estão a perturbar o seu funcionamento. E é partindo desse material de leitura criteriosamente escolhido que cada pessoa atribui um significado único a partir da sua vivência pessoal. A interpretação é um processo pessoal que favorece a transformação interna. Compreender o texto, compreendendo-se pela atribuição de significado à luz da sua história individual e da sua vivência atual. Mas há duas premissas essenciais para quem pretende utilizar os livros num contexto terapêutico. Tem de existir uma compreensão profunda quer do funcionamento individual da pessoa quer da forma como uma determinada temática é tratada ao longo do livro proposto, formulando hipóteses sobre o impacto que esse mesmo material terá para a solução positiva do problema vivenciado pela pessoa ou objetivo que pretenda alcançar. Só assim pode ser eficaz. São inúmeros os benefícios terapêuticos da leitura que contribuem para a saúde mental individual, alimentada esta por símbolos afetivos, permitindo a clarificação dos problemas individuais e a redescoberta criativa de novas abordagens de resolução dos mesmos, operacionalizado em três etapas- a identificação, a catarse e o insight. O envolvimento na história promove a identificação do paciente com pontos comuns da sua própria história pessoal. A resolução dos problemas com sucesso provoca a catarse por meio de uma descarga emocional, possibilitando um novo insight, uma nova perspetiva face a um determinado problema que se repercute numa mudança efetiva. A introspeção gerada pela leitura propícia uma nova compreensão das circunstâncias de vida, a redescoberta de novas abordagens de resolução de crises, um maior distanciamento face à dor emocional, uma maior capacidade de expressão de sentimentos. O diálogo íntimo entre a obra do escritor e o leitor é único, irrepetível e permite construir uma nova história que, embora não chegue a ser escrita (nalguns casos é proposto esse desafio) gera uma nova vida. Uma vida renovada. Esse é o papel da biblioterapia que permite abrir as portas para a possibilidade desse diálogo interno entre ambos e é transformador na vida de quem ousa permiti-lo. Da próxima vez que escolher um livro permita-se ser interpelado por ele, permita-se que ele o transforme. Afinal de contas, como nos diz o conceituado James Hillman a “alma” apenas “quer histórias que curam” e a história que contamos da nossa vida é uma ficção que criamos a partir de fragmentos da própria realidade. Parafraseando Fiódor Dostoiévski, “Deixei-nos nós, sem livros, e logo ficaremos confusos, perdidos – não saberemos a que nos agarrar, o que seguir, o que amar e o que odiar, o que respeitar e o que desprezar”. O objetivo deste texto foi apenas, de forma sumariada, apresentar a biblioterapia e todo o seu potencial terapêutico, dando alguns exemplos de sugestões de livros que possibilitam uma vida transformada. Boas leituras! Irene Silva - Psicóloga Clínica Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém. Quando tudo se vai o que sempre fica? Esperança… somos um povo cheio dela. Esperança no dia de amanhã, no vizinho e até no cão. Não se confunda esperança com teimosia, muito embora muitas vezes se possam cruzar e andar de mão dada em noite de folia ou tempestade. A verdade é que quando tudo nos falha, ela pode sempre continuar presente. É preciso é resgata-la das profundezas de um corpo por vezes cansado e cheio de desalento… perseverar na crença de que tudo correrá pelo melhor, isso é ativar a esperança. Como uma amiga imaginária, confiar que se encontra presente mesmo quando parece que se ausentou. Saber que na noite escura da alma, existe sempre esta pequena centelha de luz, que nos aquece o coração. Sigam os vendedores de esperança quando esta vos faltar. Apanhem uma boleia daquele amigo que parece apenas acreditar na possibilidade de finais felizes. Façam trinta por uma linha, mas continuem sempre a acreditar que entre desafios e provações, sairemos vitoriosos… porque mesmo que se perca uma batalha a guerra poderá sempre ser ganha. Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação Se gostou deste artigo faça gosto e partilhe, faça a diferença na vida de alguém. |
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