
Lidamos com a impermanência em todos os momentos, mas de alguma forma iludimo-nos pensando que tudo ficará sempre na mesma. A nossa mente cria-nos a ilusão de que tudo permanecerá igual para sempre, nos bons e nos maus momentos.
Nos bons, podemos acreditar que até dá jeito se não nos importarmos de lidar com a desilusão, quando tudo novamente mudar. Já nos maus, fará com que permaneçamos agarrados ao sofrimento que um momento menos bom, nos poderá trazer.
Assim vivemos ligados à dor ou ao prazer, não despertando para a consciência que a impermanência exige de que tudo passará, até isso também passará.
A morte é inevitável, não só a física, pois tudo o que um dia nasceu, um dia terá que morrer.
Talvez a visão da morte como algo final nos leve à não tomada de consciência da impermanência da vida.
Talvez no dia que possamos olhar para o fim, como uma transformação, deixemos de ter tanto medo de tomar consciência da impermanência da vida.
Talvez nesse dia, possamos novamente voltar a viver sem medo, abraçando a dinâmica da impermanência, como sinal da própria vida.
Maria Melo - Life Coach e Professora de Meditação
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